Autismo: você sabe o que é?

Autismo: você sabe o que é?

O autismo, também conhecido como Transtorno do Espectro Autista (TEA), é uma alteração que interfere no desenvolvimento neurológico, afetando a capacidade de comunicação, de socialização, de linguagem, de interação e de comportamento.

Graus do autismo

O TEA apresenta três níveis ou graus: o leve, o moderado e o severo.

  • Grau leve - manifesta-se de forma mais sutil, não impedindo a pessoa de ser praticamente independente e relacionar-se, exigindo pouco apoio;
  • Grau moderado - apresenta um grau maior de dificuldade e dependência, necessitando de acompanhamento e auxílio para lidar com algumas dificuldades;
  • Grau severo - os sintomas são mais intensos. A pessoa apresenta dificuldades mais graves e vai necessitar de apoio especializado integral ao longo da vida.

Principais características do autismo

Cada pessoa no espectro autista possui características diferentes, mas geralmente ela vai apresentar:

  • Dificuldade de interação social;
  • Dificuldade de comunicação;
  • Comportamentos repetitivos;
  • Não atende quando é chamada;
  • Não faz contato visual;
  • Aborrecimento com mudança na rotina;
  • Interesse fixo por objetos e temas específicos;
  • Movimentos repetitivos do tronco, mãos e cabeça;
  • Incômodo em ambientes barulhentos ou com muita iluminação.

Essas são algumas das características do autismo, sendo possível a manifestação de outras. Além disso, a intensidade como cada característica se apresentará será diferente em cada pessoa no espectro, ou seja, cada uma vai desenvolver características particulares.

Causas do Transtorno do Espectro Autista

Ainda não se sabe o que de fato provoca o autismo, mas as principais causas apontadas são:

  • Hereditárias;
  • Genéticas;
  • Fatores ambientais.

Quando o assunto são as causas do autismo, a herança genética ainda é considerada uma das mais importantes, porém, os fatores ambientais, como exposição a substâncias tóxicas ou complicações durante a gravidez, por exemplo, também podem possibilitar o seu surgimento.

Diagnóstico e tratamento

Diagnóstico

A identificação do autismo é clínica, feita por equipe multidisciplinar, ou seja, por profissionais de diversas áreas que devem fazer exames físicos, neurológicos e outras avaliações, como funcionais e de comportamento.

O diagnóstico costuma ser feito ainda na infância, mas ele pode acontecer tardiamente, até mesmo na fase adulta, principalmente em casos de autismo de grau leve, pois é confundido com outros comportamentos, como timidez ou desatenção, por exemplo.

Mas o diagnóstico precoce é extremamente importante, pois, apesar de não ter cura, descobri-lo cedo permite iniciar tratamento apropriado e conforme as particularidades de cada indivíduo, amenizando os sintomas e auxiliando no desenvolvimento, autonomia e qualidade de vida.

Por isso, a atenção dos pais e familiares ao comportamento da criança é extremamente importante para um diagnóstico e tratamento. Ao notar qualquer diferença no comportamento da criança, procure ajuda especializada.

Tratamento

O tratamento para o autismo também ocorre por meio de acompanhamento multidisciplinar, envolvendo diversas terapias que incluem médicos, psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, entre outros. O que vai fazer parte do tratamento e sua intensidade depende das características e necessidades de cada pessoa.

Apesar de não haver uma medicação específica para o autismo, alguns medicamentos podem ser utilizados no tratamento para amenizar sintomas mais severos.

É importante ressaltar que o autismo não tem cura, mas o tratamento adequado ajuda a minimizar os sintomas, melhorando a qualidade de vida do portador.

Inclusão do autista na sociedade

A falta de informação, de conhecimento e o preconceito ainda são grandes empecilhos que dificultam a inclusão do autista na sociedade.

Num primeiro momento, a inclusão ocorre dentro do próprio círculo familiar. O conhecimento, o entendimento e o apoio da família são fundamentais. É ela que dará o suporte, preparando a pessoa autista, principalmente a criança, para que ela saia dos limites do âmbito familiar e faça parte do ambiente social.

A inclusão inicial também ocorre na escola. É importante haver o trabalho conjunto entre pais e a instituição de ensino, garantindo a igualdade, a socialização, o desenvolvimento e uma educação inclusiva. Já na fase adulta, o ambiente de trabalho é extremamente importante para assegurar a inclusão.

Aliás, você sabia que as pessoas no espectro autista podem possuir habilidades acima da média, como facilidade para aprender sobre determinados temas ou grande capacidade de memória, por exemplo?

Conhecer o que é o autismo, bem como as características, as possibilidades e os limites de cada autista, evita o preconceito e possibilita a inclusão. Informe-se sobre o tema!

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