2ª Via de boleto (16) 3761-8600

Infertilidade masculina

'A maior arma terapêutica no combate à infertilidade é, sem dúvida nenhuma, o bebê de proveta, mas o homem infértil não deve ser visto apenas como um espermatozóide', disse Sidney Glina.

Com essa afirmação o dr. Glina quis dizer que o homem, antes de se submeter a um tratamento de fertilização, e expor sua parceira a isso também, deve passar por um urologista e analisar a sua saúde como um todo. Pois a infertilidade pode ter causas patológicas, como um câncer, por exemplo, e genéticas. Também pode estar apresentando causas reversíveis como infecção seminal, varicocele, azoospermia obstrutiva, dentre outras causas.

'Para o ginecologista não importam as causas da infertilidade, o homem é visto como um espermatozóide', comentou. O tratamento mais avançado em reprodução assistida é a técnica ICSI, que consiste em introduzir 1 espermatozóide em 1 óvulo em laboratório e, é indicada para homens com problemas na produção de espermatozóide.

Reversão da Vasectomia versus ICSI

Sidney apontou vantagens e desvantagens da reversão da vasectomia e da técnica ICSI relacionando idade da parceira, custo e tempo de espera. Ressaltou que as chances da reprodução assistida darem certo não passam de 25%, mesmo com todo o avanço da ciência.

Mas a ICSI é indicada para mulheres com mais de 34 anos que têm pressa em engravidar e não podem ou não querem esperar o tempo normal para isso, que vai de um ano a um ano e meio.

A vasectomia não acaba com a produção de espermatozóides como se pensava antigamente. Estudos recentes mostram que, após 15 anos 70% dos espermatozóides ainda são fabricados, 'o que é uma porcentagem bem maior que os 25% de acerto da ICSI', apontou Sidney.

Passando esse tempo para três anos na reversão da vasectomia, a produção de espermatozóides fica na porcentagem de 97%. Para concluir, o médico defendeu que a última decisão sempre cabe ao casal, e este deve ser informado sobre os riscos e benefícios de cada técnica.

Um estudo curioso relaciona a temperatura dos testículos e a teoria de Darwin e foi apresentado pelo dr. Abraham Morgentaler. Charles Darwin, em seus estudo Origem das Espécies defende a seleção natural, isto é, o animal mais forte não é o que apresenta maior vigor físico e sim o que consegue perpetuar seus genes através da fecundação.

Em 1893 descobriu-se que os espermas morriam em altas temperaturas. Só em 1923 que se fez a analogia do por quê da influência da temperatura com estudos realizados em cachorros.

Os testículos, apesar de muito sensíveis a traumas, não poderiam estar localizados em outro local do corpo. Afinal, a temperatura escrotal é mais baixa que a do abdômen, e quanto mais baixa for, melhor para os testículos. E essa evolução da natureza masculina de trazer os testículos para fora do corpo reflete a melhor preservação da espécie.

Análises e estudos realizados em San Antonio, uma cidade bastante quente do Texas, EUA, demostraram que a taxa de fertilidade e de gestação foi maior no período do inverno.

 

Fonte: Portal Unimeds.
Todas as Dicas de Saúde